Atendo ao apelo da
nossa excelentíssima Professora formada Elizia Cavalcante, resolvi
voltar a dar as caras por aqui. O assunto me chamou a atenção hoje quando dava
uma lida nas notícias diárias, então resolvi compartilhar aqui com todo mundo
(ok, vamos fazer de conta que quatrocentas pessoas leem o Private Joke,
certo?). A notícia em questão apresentou-se com a seguinte matéria:
“No ensino superior, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente.
Entre os estudantes do ensino superior,
38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador
de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro
(IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento
de universidades de baixa qualidade.”
Depois quando eu digo, começam a dizer que eu me acho por que sei ler e
escrever corretamente, que eu sou chata por que não aguento quem escreve
errado, né? Mas isso também me mostra que eu não estou sozinha na minha
preocupação com a baixa qualidade da elite intelectual brasileira. Quer dizer,
a gente faz piada com algumas pessoas que fazem "eadecom" e não
conhecem a dupla dinâmica coerência e coesão e tudo, mas esse assunto é muito
sério. Enquanto se torna cada dia mais fácil o acesso ao ensino superior, a
qualidade vai sendo negligenciada, o imediatismo da nossa sociedade obriga que
as pessoas se preocupem apenas em ter um diploma. Cultura para que? Cultura
agora se resume a assistir o Jornal Nacional e compartilhar memes no Facebook,
as pessoas que não tem Face são desatualizadas, enfim, a nossa juventude lê
Nicholas Sparks e acha que Machado de Assis escreve em outra língua que não é o
português. As pessoas chegam ao último semestre da faculdade achando que vai
morrer por que tem que escrever uma monografia, e ai a coisa vira um círculo
vicioso, por que são estas mesmas pessoa que atuarão no mercado, elas tentarão
nos vender coisas, serão nossos médicos, advogados e engenheiros.