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quarta-feira, 16 de março de 2011

POR QUE O INGLÊS E PORQUE NO BRASIL?


Imagine uma manchete de jornal que diz; “Negócios com deliverycrescem em São Paulo”, assim, sem nenhum destaque para a palavra delivery, como se ela fosse freguesa do Aurélio e de todos nós. Delivery aparece em cartazes de pizzarias e até mesmo nas propagandas de rádios do nordeste, para caracterizar o modo de entrega “a domicílio”. Aí é que tá, porque, ao invés de se usar simplesmente “fazemos entrega”, as empresas optam por dizer que tem um ótimo serviço de delivery?

Esse fato, sem dúvida, ocorre porque vivemos num país “muderno”, “pra frente” e aberto para as novidades mais edificantes. Então, a cada dia aumentam o número de palavrinhas “estrangeiradas”, (principalmente advindas da terra do Tio Sam) proferidas sem nenhuma estranheza no meio de nós. E tome software, upgrade, site, e-mail, delete, plug, home theater, brother, bike, night, etc, sem falar no bar (sim, eu disse bar!) do interior do nordeste, tocando música gospel em inglês!!!??? (... Como diria Obama, “Yes, we can”).

Bom, não é nenhuma novidade essa coisa de usarmos vocábulos em língua inglesa, de forma corriqueira, sem nem nos darmos conta do uso de uma língua estrangeira, mas eu só chamei atenção para esse fato aqui porque essa apropriação é bem peculiar aqui no Brasil, países como a frança, por exemplo não são tão amiguinhos dos estrangeirismos não, eles proíbem o uso do inglês em documentos oficiais e anúncios públicos pois não acham interessante essa coisa de uma língua estrangeira se aproximar tanto assim do universo deles.

Aqui no Brasil, ao que parece, estamos sempre acolhendo as palavras, assim como a tecnologia vinda de outras culturas, sem ressalvas. Isso porque a constituição da nossa cultura já é em si uma verdadeira salada (mistura de raças), então, porque não se acostumar com uma salada de línguas?

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