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sexta-feira, 11 de março de 2011

Viver sem fronteiras


A gente aqui viver reclamando da TIM (reclama por que o sinal não presta para nada, por que as pessoas me ligam e cai na caixa postal, por que no Infinity-pré a ligação cai depois que você passa uma hora conversando e fazendo fuxico da vida dos outros, enfim, reclama até por que gosta de reclamar mesmo), mas esse post não é para reclamar da TIM. Estou falando sério, gente!
Estou aqui para falar sobre a evolução das telecomunicações (o que é, evidentemente um clichê, mas afinal, o que é a vida sem um pouco de clichê, né?) Então, todo mundo sabe que a tecnologia evolui sem parar, numa velocidade incrível, e os avanços nas telecomunicações permitem que pessoas em pontos extremos do globo se comuniquem através de um simples clique – ok, na prática a gente sabe que precisa-se de alguns cliques a mais.
Hoje em dia todo mundo tem celular (ou quase todo mundo, né, Carol?), a nossa vizinha barraqueira (Uhu, briga na casa ao lado, reality show de graça!), onze horas da noite ela tá gritando ao telefone debaixo da bananeira (ainda bem que a nossa prima que pega Orkut emprestado não vai ler isso), a costureira tem celular, e nem sabe inserir créditos, rá; até a nossa prima que não é muito boa da cabeça tem celular (ei, mas essa trocou o celular por uma calça jeans). Isso sem falar nas ratas do Twitter @leilaf1f e @carolinaradclif (seguiam-nos os bons) que acessam pelo telefone lá no buraco negro da Baixa Grande (oh lugar bom demais da conta soh!) e recebe reply de gente que está pelo estrangeiro. E tudo isso ao custo de míseros (opa, míseros não!) 50 centavos ao dia.
Parece pouco, se comparamos a qualidade da internet no Brasil com de países por aí afora (vocês sabem o que isso quer dizer né?), mas olha, não faz tanto tempo assim que as pessoas que viviam em comunidades rurais dependiam dos orelhões da extinta Telemar para fazer uma ligação, para São Paulo ou Brasília, e marcavam hora, compravam cartões e faziam filas nos telefones públicos, e os velhinhos ainda tinham que pedir para pessoa fazer a ligação, e a pessoa tinha que esperar mais de uma hora até ele contar ao filho tudo que o gado tinha feito nos últimos dois meses. É isso minha gente, agora a tia Emilia tem dois celulares

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